A SOS ITUPARARANGA é uma entidade ambientalista, sem fins lucrativos, sediada no município de Ibiúna (SP), e que tem como objetivos promover a preservação da Represa e auxiliar no desenvolvimento sustentável da região.
Próximas chuvas e obras no Clemente definirão operação da barragem.
Próximas chuvas e obras no Clemente definirão operação da barragem.

Próximas chuvas e obras no Clemente definirão operação da barragem.

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O Grupo de Trabalho de Crise Hídrica (GT-CH) reuniu-se ontem (17) para tratar das vazões da represa neste período de cheias, após ter sido informado sobre o uso do descarregador de fundo do reservatório de Itupararanga.

O descarregador de fundo, que faz parte do sistema de extravasão da represa, será aberto no caso da ocorrência das chuvas severas que têm sido alertadas para o final deste mês. Assim, haverá a necessidade de rebaixar o nível do reservatório de forma controlada para reter o excesso destas chuvas, evitando o vertimento das águas pelos arcos da barragem. Mas, seu uso também está condicionado ao cronograma das obras do SAAE nas adutoras da Represa do Clemente.

A notícia veiculada na reunião do GT-CH da semana passada (10 de fevereiro) sobre a abertura do descarregador de fundo levantou algumas preocupações por parte dos seus integrantes. Mas, ontem, a CBA, que também integra este GT, atualizou e esclareceu as informações sobre as tratativas que estão em andamento com as empresas de abastecimento e a operação da barragem nos últimos dias.

De fato, com a consulta e a concordância prévias da Águas de Votorantim e do SAAE/Sorocaba, o dispositivo foi aberto no dia 12 de fevereiro, tendo como previsão a vazão máxima de 6m³/s. A quantidade de água de Itupararanga que chegou à Represa do Clemente, local onde o SAAE tem as adutoras e faz a captação para abastecer a cidade, chegou próxima a 16 mil litros por segundo, muito acima dos 1.950 litros por segundo utilizados para o abastecimento. Esta vazão excedente levou ao fechamento do descarregador de fundo, e exigiu do SAAE obras para controle de um processo de erosão que se iniciou na base de em uma das adutoras. Estas obras estão em execução, e não oferecem nenhum risco de desabastecimento da população sorocabana.

A CBA trouxe ainda para o GT-CH alguns cenários futuros que levam em conta tanto a ocorrência de chuvas normais para o período, como chuvas severas, e que poderão auxiliar na definição dos procedimentos para a operação do reservatório para os próximos dias. Em todos os casos está sendo aplicada a regra operativa, que indica os valores dos níveis da represa para a reservação de água e as vazões de saída para o controle de cheias abaixo da barragem.

O Grupo de Crise Hídrica, do qual a SOS Itupararanga faz parte desde 2021, sempre manteve a comunicação direta com seus integrantes das urgências e das medidas adotadas na operação do reservatório, e também será avisado, antecipadamente, sobre as próximas ações, especialmente, neste período de cheias para acompanhar a situação da represa e eventuais impactos a jusante de Itupararanga.

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