A partir de agora, o Grupo de Crise Hídrica e o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Itupararanga iniciam uma nova fase na gestão do reservatório de Itupararanga. Começam ainda neste mês as discussões sobre os resultados alcançados com a aplicação da regra operativa proposta pela CBA na operação da barragem. Este planejamento foi pauta da reunião do Grupo de Crise Hídrica que aconteceu na manhã de hoje (05).
Desde 09 de janeiro de 2023, a barragem está sendo operada com a utilização de uma regra operativa que, com base nas cotas da represa, define uma vazão correspondente. Conforme aumenta o volume, pode ser aumentada a vazão defluente (que sai) do reservatório. A regra operativa é dividida em 6 etapas, que compreendem desde a cota equivalente ao volume morto (813,5 m) até a cota de vertimento (823,50). À época, a regra operativa foi aprovada pelo Grupo de Trabalho de Crise Hídrica em caráter provisório, devendo ser avaliados seus resultados após 1 ano de vigência de sua aplicação na represa.
A regra operativa é parte integrante da documentação exigida à CBA pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), órgão no qual tramita o pedido de outorga da empresa para o uso da água da represa para a geração de energia. Para a emissão da outorga, a regra operativa deverá ser submetida à aprovação do Comitê de Bacia (CBH-SMT). Neste sentido, o Grupo de Crise Hídrica e o Conselho Gestor já estão organizando um cronograma de reuniões para discutir a regra, seus resultados e os ajustes que se fizerem necessários para que se alcance o melhor desempenho na gestão do nível da represa ao longo dos próximos anos.
A SOS Itupararanga, como integrante do Grupo de Trabalho de Crise Hídrica e do Conselho Gestor da APA de Itupararanga já está organizando neste cronograma uma reunião em sua sede, que será coordenada pelo Prof. André Cordeiro, vice-presidente do Comitê de Bacia e e coordenador do Grupo de Crise Hídrica, para discussão da regra operativa.
Sobre a situação de Itupararanga, a CBA apresentou durante a reunião os dados atualizados sobre o nível, as cotas e as chuvas. A represa fechou o mês de dezembro na cota 820,51m, com pouco mais de 52% de seu volume. Com chuvas abaixo da média para o período, a CBA reduziu a vazão defluente em 20 de dezembro, obedecendo a regra operativa, para promover a recuperação do reservatório. Em janeiro, com a ocorrência de 88% das chuvas esperadas para o período, a represa alcançou a marca de 71,35% de seu volume, chegando à cota 821,55m. Nestes primeiros dias de fevereiro, Itupararanga está com 71,58 % de seu volume, na cota 821,57m.
Confira no gráfico a progressão do nível da Represa Itupararanga nos últimos meses:
Tenho uma. Casa há muitos anos no Veleiros e apesar de não ter participado até agora da gestão da represa, quero parabenizar os organizadores pela iniciativa e em especial pela divulgação deste trabalho. Gostaria também, além de ser informado, existir uma possibilidade de participar e encaminhar mais de perto este trabalho.